Natal: Família e respeito sempre!

                    Nazaré, uma pequena cidade na província da Galileia ao norte da Palestina. Maria, uma jovem sonhadora, bem criada e cujo coração transbordava de amor a Deus. Certo dia o arcanjo Gabriel surge e lhe traz uma notícia maravilhosa, mas que lhe causaria grandes conflitos. A jovem foi a escolhida para ser a mãe do filho de Deus! Quanta alegria tomou conta do jovem coração da moça, por outro lado quantos questionamentos. Aceitaria seu amado José tão grande responsabilidade? Compreenderia o chamado divino? Confiaria em sua honestidade?

                  Segundo o evangelho de Mateus José afastou-se de Maria o que levou a jovem a passar três meses na casa de  Isabel e Zacarias seus primos.  Porém, o mesmo anjo Gabriel apareceu a José em sonho, trazendo-lhe a certeza de que deveria aceitar e compartilhar com Maria desta grande missão. Amor e confiança direcionaram a decisão e agora os futuros pais de Jesus estavam juntos novamente. Um grande desafio diante de uma sociedade onde a mulher tinha pouco ou nenhum valor. Uma sociedade preconceituosa, cruel e ainda sob o domínio romano.

            Antes que o bebê nascesse o casal precisou viajar para Belém, uma pequena cidade ao sul da Judeia, a fim de participarem de um recenseamento decretado por Cesar Augusto. Todas as pessoas deveriam se alistar na cidade natal e José era de Belém. Em um pequeno jumento a jovem futura mãe foi transportada por longa distância. Chegando ao destino não conseguiram instalar-se, pois a cidade estava repleta de visitantes. O Salvador deste mundo nasceu então em um estábulo cedido por um proprietário piedoso, que provavelmente vendo o estado de Maria teve compaixão.

           Uma manjedoura foi o seu berço. Milhares de anjos cantaram em louvor “Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade.” Pastores estavam próximos  cuidando do rebanho e ao ouvirem o cântico angelical seguiram em direção à estrebaria onde honrados deram glórias a Deus. Sábios vieram do Oriente para ver o Messias prometido, guiados por uma estrela queriam ansiosamente conhecer o filho de Deus. Trouxeram presentes ao pequenino; ouro, incenso e mirra. E também glorificaram a Deus.

            Este é o início de uma trajetória de lutas, desafios e vitórias do filho de Deus enquanto esteve na Terra. Uma história de amor baseada em exemplos. Modelo de solidariedade, amor ao próximo, disciplina, autoridade e respeito. Sentimentos e comportamentos que deveriam ser constante, em nossos dias.

         Natal é tempo em que os bons sentimentos afloram. Presentes são oferecidos, doações acontecem com espontaneidade, a solidariedade é divulgada, alegria, confraternizações, muitas e muitas mensagens de amizade. E tudo isto é muito bom! Contudo, melhor seria se todos os bons sentimentos e boas atitudes se repetissem todo o ano. Melhor ainda seria se o amor, o respeito, a paciência e a solidariedade fossem marcas da prática iniciada dentro do lar; como na família do pequeno menino Jesus. Isto sim é Natal: Família, amor, respeito sempre!

                                       Jocimar Esther

” E tu, Belém, terra de Judá, De modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; Porque de ti sairá o Guia Que há de apascentar o meu povo de Israel. ”  Mateus 2:6

Natal. Feliz Natal!

Postado em 19 de dezembro de 2011 | Deixe um comentário

Existem algumas recordações que fazem bem e causam um grande bem-estar. São recordações que trazem de volta momentos felizes da infância. Tenho retomado continuamente a ideia de que família tem que vivenciar momentos especiais juntos. E que esta interação contribui indescritivelmente na construção do caráter e da personalidade dos pequenos. Na semana anterior frisamos o valor das férias em família. Hoje reflitamos um pouco sobre o Natal.

É curioso ver que muitas pessoas relacionam esta data à nostalgia. Elas receiam passar a noite de Natal sozinhas e se sentem infelizes por isto. Muitas podem ser as explicações para tal sentimento, no entanto detenhamo-nos em apenas uma possível razão: lembranças negativas e tristes da infância. Frustrações cultivadas em silêncio que as fazem buscar de todas as formas estarem rodeadas de pessoas nesta data, ainda que não tenham nenhuma afinidade com elas. Entretanto esta não é uma saída eficiente e com pouca probabilidade de sucesso, porque o que realmente vale é estarmos com pessoas que amamos e que nos fazem sentir amados. E este é o papel da família.

Seja qual for a classe social, fazer do Natal uma data especial para uma criança independe de altos recursos financeiros, mas sim de amor, e por que não, um pouco de criatividade. Primeiro educar a criança consciente do real significado desta data, o que não significa apunhalar a fantasia tão gostosa e característica de cada fase da infância. E ainda ensiná-la desde bem cedo a valorizar as pessoas, e o que é simples e belo. Cuidando para não incentivá-la, ainda que inconscientemente, a supervalorizar bens materiais.

Os natais de minha infância são as mais belas lembranças que tenho quando penso em minha família. Tínhamos uma vida simples, mas minha mãe sabia tornar esta data especial. Não havia comemorações na noite de Natal e tínhamos que dormir bem cedo. Isto porque meus pais depois que dormíamos armavam uma grande árvore na sala (era a mesma todos os anos e só ficava armada na semana do Natal). Os presentes eram poucos, mas sonhávamos com eles. Eram brinquedos que meu pai ganhava da instituição onde trabalhava, lembranças das avós, e um esperado presente de um tio bem sucedido, que geralmente era uma roupa.  Todos só os levavam depois que já havíamos dormido. Imagine a alegria pela manhã! Era um sonho acordar com aquele cenário! Abríamos empolgados cada embrulho. Certa vez ganhei uma sombrinha colorida e um vestido Jeans, pedia insistentemente a Deus que fizesse chover! Íamos juntos à igreja onde sempre havia uma festa especial.

Nossa! Você deve estar pensando: Que bobagem! Não. Criar momentos assim para uma criança não é bobagem. Momentos assim ficam na memória e constroem sentimentos positivos.  Neste dia, a comida também era especial. O que pode não ser um banquete para você, caro leitor, porém para nós era “A Ceia”! Um bolo pela manhã com um delicioso cheiro de baunilha invadindo toda a casa, pudim de leite condensado na sobremesa, arroz, feijão, frango (eu ainda não era vegetariana) e salada de maionese no almoço. Maravilha! Estes natais tão prazerosos ficaram em meu cérebro e posteriormente tentei criar e recriar momentos como estes para os meus filhos, e talvez eles os façam para os seus.

Natal é para se passar em família. Por mais simples que seja, será eternizado com um passeio, uma comida gostosa, um sorriso verdadeiro de alegria ao receber aquele cartão feito na escola com um Papai Noel todo borrado. Há também a possibilidade de assistir a uma linda cantata gratuitamente no shopping, na igreja ou uma dramatização do nascimento de Jesus. Quem sabe uma dramatização na sua casa para que as crianças compreendam o que significa esta ocasião! Ou ainda reunir a família para um amigo secreto e outras brincadeiras; ou um passeio no parque para apreciarem a natureza juntos, e muitas outras possibilidades. Só não vale ficar o dia todo assistindo televisão e ainda mandar as crianças brincarem lá fora para não atrapalhar. Procure criar momentos que marquem positivamente a memória de seus filhos. Esbanje amor e carinho! Eles precisarão destas lembranças para superarem os momentos difíceis próprios da idade adulta. Feliz Natal!

                                                              Jocimar Moreira